Qual a relação com tendinite e bursite?

Hoje é dia de falar de uma síndrome que, quando não tratada, pode evoluir para quadros bem dolorosos. Mas antes de irmos mais a fundo sobre ela, que tal entendermos melhor sobre a tendinite e a bursite?

Constituída por uma bolsa serosa, cuja função é facilitar o deslizamento dos tendões do ombro, a bursa inflamada dá origem à condição conhecida por bursite. Embora seja vista como a causa da síndrome, na realidade a bursite nada mais é que a consequência de algo que está errado com o ombro e na maioria das vezes é a doença denominada síndrome do impacto.

E a tendinite?

Já a tendinite é a inflamação dos tendões. Na região do ombro, os tendões mais acometidos são os pertencentes ao manguito rotador (supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor, bem como o tendão da cabeça longa de bíceps). Bom, é verdade que existem diversos quadros que causam bursite e tendinite, mas reconhecidamente mais comum é a síndrome em questão.

E falando nela, seu aparecimento se dá a partir de alterações no osso chamado acrômio (“teto” do ombro), localizado logo acima dos tendões da bursa. Em alguns indivíduos, desenvolve-se um “esporão” no acrômio ou, ainda, ter esse osso em forma curva ou em gancho, de modo que em alguns movimentos, pode ocorrer um atrito nos tendões e na bursa.

Providos dessa introdução, vamos mais à frente entender mais sobre essa doença? Se não diagnosticada e tratada, a evolução da doença se dá justamente na inflamação da bursa e dos tendões, desencadeando em um primeiro momento dor no ombro e em casos mais graves lesões nos tendões. Essas lesões podem ser parciais inicialmente e evoluir para transfixantes – nesse caso elas não cicatrizam sozinhas e necessitam de intervenção cirúrgica.

Em termos profiláticos existem algumas medidas que podem melhorar esse atrito entre tendões e acrômio. Vamos conhecer alguns?

  • Fortaleça: os músculos dos tendões do manguito rotador.
  • Postura: correção postural para quem prostra a escápula (ombros para frente).
  • Evite movimentos com o braço acima da altura dos ombros.

O tratamento é, na maioria das vezes, conservador, ou seja, com anti-inflamatórios e analgésicos, exercícios de fortalecimento, etc.