Quais são as causas?

Bom, antes de entrarmos na pergunta do título desse post, vamos entender melhor o que é uma instabilidade no ombro.

Como já falei algumas vezes, o ombro é a articulação mais móvel do corpo, possibilitando a realização de diversos movimentos como: levantar o braço, girá-lo e alcançar a cabeça. E para que isso seja possível, o ombro conta com estruturas complexas, rígidas e maleáveis, dinâmicas e estáticas, que além de manterem o movimento, auxiliam na estabilidade. Quando essas estruturas não conseguem realizar essas funções de maneira harmônica, mantendo suas relações anatômicas, temos um quadro de instabilidade.

Quais são os sintomas? Podem ser variados, como dor, falta de força, dificuldade para realizar determinados movimentos, dormência no braço e deslocamentos repetitivos em situações cotidianas.

Mas o que causa instabilidade do ombro? Existem algumas, mas hoje vamos nos concentrar nas três principais:

  • Luxação traumática: quando um evento/acidente causa um deslocamento da articulação. Após o ombro ser colocado no lugar, é comum ocorrer uma sensação de instabilidade permanente, provocando luxações contínuas.
  • Flexão repetitiva: ligamentos mais soltos podem dificultar a estabilidade do ombro – condição esta conhecida por frouxidão ligamentar. Além disso, atividades repetitivas e/ou estressantes podem resultar em um ombro doloroso e instável.
  • Instabilidade multidirecional: embora mais raro, alguns pacientes possuem um ombro instável mesmo sem histórico de lesão ou tensão repetitiva. E nesses casos, o ombro pode se deslocar em múltiplas direções.

Quais os tratamentos? Como sempre reforço (nunca é demais), o tratamento sempre será individualizado, de modo que depende de cada paciente. Vamos supor, apenas para melhor compreensão, que o indivíduo possui problema devido à atividade praticada. Nesse caso, o recomendado seria a modificação de tal atividade.

Basicamente, alterações de hábitos e medicamentos anti-inflamatórios formam uma combinação bem utilizada em uma conduta não cirúrgica. E mesmo em caso de cirurgia, a artroscopia, mediante a avaliação do especialista, pode ser abordada.