Vamos falar sobre?

Se você acompanha meus posts aqui e/ou nas minhas redes sociais, já sabe que o ombro é a articulação com mais mobilidade do nosso corpo e que participa de todos os movimentos que fazemos com os membros superiores.

Sabendo disso, não é difícil concluir que a plena função dessa articulação depende das interações entre os músculos e os tendões, já que a força de contração feita pelos músculos é transmitida aos ossos por essa estrutura, gerando movimento. Isso sem mencionar que o tendão também garante a estabilidade necessária à região de encontro de dois ossos, que chamamos de articulação.

E o conjunto de tendões que envolvem o ombro, como já falei em outras oportunidades, é conhecido por manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor). Quando essas estruturas são lesionadas, perde-se a função do ombro… e no post de hoje vamos falar da ruptura do tendão do ombro. Vamos lá?

Para começar, é preciso entender como ela acontece. De uma forma geral, essa ruptura pode ser desencadeada por um processo inflamatório, como a tendinite do manguito rotador, que costuma surgir por movimentos repetitivos, como em esportes como o tênis. Além disso, o excesso de peso, isto é, a sobrecarga nos ombros, bem como um trauma (uma queda, por exemplo), também podem influenciar. E se esse quadro inflamatório não for devidamente tratado, podem se desenvolver alterações degenerativas – facilitando assim a ruptura dos tendões do manguito.

Outro ponto importante a dizer é que a ruptura pode ser parcial ou total e, ainda, acometer apenas um tendão ou, em casos mais raros, todo o manguito.

O principal sintoma é uma dor aguda que, em geral, piora à noite. Mas não para por aí. Veja alguns sinais:

  • Estalido audível no ombro;
  • Perda de força e limitação de movimento no ombro;
  • Edema, vermelhidão e calor no local;
  • Entre outros.

Precisa de cirurgia? O tratamento depende do grau da lesão. Em casos de ruptura parcial, o tratamento é conservador, com uso de medicamentos, gelo e fisioterapia. Em alguns quadros de ruptura total, a cirurgia poderá ser necessária. Não é via de regra e precisa da avaliação de um especialista.

 

Dr. Adriano Marchetto – CRM 78.226