O famoso “cotovelo de golfista”

No post de hoje falaremos sobre a epicondilite medial, também conhecida como cotovelo de golfista – uma vez que essa lesão é recorrente em praticantes do esporte. Mas eles não são os únicos acometidos pelo quadro, certo? Então vamos entender melhor…

Basicamente, a epicondilite medial se caracteriza pelo processo inflamatório e degenerativo da origem dos tendões flexores do antebraço – tendões esses que são responsáveis pela flexão, isto é, dobrar o punho e os dedos. Essa patologia atinge por volta de 0,5% da população, sobretudo pessoas ativas com idade entre 45 e 55 anos.

“Quais são as causas?”. Bom, podemos dizer que a principal causa do cotovelo de golfista é a sobrecarga repetitiva dos músculos flexores do antebraço, seja devido a uma prática esportiva ou afazeres profissionais ou domésticos.

O que acontece é que após tais atividades repetidas e exaustivas, lágrimas microscópicas podem se formar no tendão e, ao longo do tempo, elas causam inchaço e dor.

Conheça alguns fatores de risco:

  • Movimentos repetitivos;
  • Desequilíbrio muscular;
  • Falta de flexibilidade muscular;
  • Idade avançada.

Como já adiantei na introdução, a epicondilite medial não se restringe apenas aos praticantes de golfe, mas demais atividades que envolvam uma torção contínua ou flexão de pulso.

Outras modalidades que podem desencadear são:

  • Tênis e squash;
  • Musculação ou halterofilismo;
  • Beisebol;
  • Remo ou canoagem.

Além disso, algumas atividades profissionais também podem ser um fator de risco, como cozinheiros, técnicos de informática, jardineiros, etc.

“E os sintomas?” Embora isso varie em cada caso, podemos destacar alguns:

  • Dor aguda na região interna do cotovelo que vai do interior dele até o dedo mindinho;
  • Dor ao dobrar o pulso em direção ao antebraço;
  • Dor quando o braço está esticado e a palma da mão virada para cima;
  • Dor quando aperta as mãos;
  • Sensação de formigamento no antebraço ou nos dedos;
  • Rigidez no cotovelo.

Caso tenha alguns desses sintomas, a primeira coisa é procurar um especialista, mas existem algumas dicas preventivas para lhe ajudar nesse processo de recuperação (que não substituem uma avaliação médica).

  • Alongue o braço antes e depois de atividades que exijam o uso de músculos do punho e braço;
  • Mantenha os músculos do braço, do ombro e pulso fortalecidos;
  • Não carregue peso;
  • E, principalmente, aos primeiros sinais de dor na parte interna do cotovelo, procure um médico especialista.